terça-feira, 30 de agosto de 2011

Corrente cadeado

Alma lasciva que lá se vai, casta melodia que no caos se esvai.
Profundo, profano e covarde lamento que no vão momento, subitamente escora-se na espera.
Pássaro curto, que faz da gaiola sua terra natal e do vento, seu porto vivido em par.
Seio infundido, coração pertencente e preenchido.
Ilhado receio do abandono, arado anseio do encontro.
Léguas, placas, faixas, nuvens, praias e ponteiros.
Lanço-te o coração e logo... tenho-te.



Basta o alguém para que o além seja ninguém.



1 comentários:

Martha disse...

Lindo texto,
Lindos pensamentos,
Linda sensibilidade:
"Seio infundido, coração pertencente e preenchido.
Ilhado receio do abandono, arado anseio do encontro."
Linda descrição do que sente quem ama.
Tenho muito orgulho de vc, filhota amada.
Titi

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