Quando ela abre a janela, percebe que pode ver tudo alí de cima, consegue enxergar cada detalhe vivo, novo, intocado, a esperando como uma festa surpresa. Tudo ao redor passa a ter um novo tom, um novo ar, uma nova vida dentro do mesmo corpo de menina. Aquilo que fere, rasga, mata, queima a fazia um efeito bom. Que hoje se tornou sem poesia, sem cor, sem tato, sem a mesma melope... Ela pode sentir o vento gélido guiar sua pele em direção de toda surrealidade existente. Sem pausa, sem minutos, sem horas, sem instantes... Ela não irá evitar sentimentos, suas alegrias, suas mágoas, suas fragilidades, suas emoções que já não emocionam mais no seu teatro interno podem diluir sem aplausos, agora chegou o momento das novas. Ela irá sentir o beijo da vida nos seus lábios, o toque dos dias no seus pulmões e a vida dos seus novos planos implanejáveis alí mesmo, diante da palidez dos seus pés pequenos. Ela queria mais do que planos, ela queria sair por aí sem ter que voltar da onde veio, queria queimar por dentro, queria câmera, luz e ação! Sem pausas, sem fim, sem cortes, sem começos, sem caminho, ela só queria seguir. Paula passa a ter: primavera, verão, outono e inverno em um só suspiro.
Ela queria querer. Quando surpreendentemente começa a ouvir uma música de frequência interminável se expandir entre as suas entranhas.
Ela queria viver para sempre.
Ela queria querer. Quando surpreendentemente começa a ouvir uma música de frequência interminável se expandir entre as suas entranhas.
Ela queria viver para sempre.
She's alive again.
A sorte é que o mar sempre passa para apagar todos os rastros, pegadas em vão para lugar nenhum, nomes que são apenas letras vazias e qualquer coisa que seja qualquer. Sempre terá espaços em branco para fazer o que te faz feliz. O que for bom guarde bem guardado, o mar não leva embora.
6 comentários:
mesmo
what is the song?
... o que for bom guarde bem guardado, o mar não leva embora ...
perfeito.
Nostalgia também pode ter um ar de renovação, prova Paulinha..
rs
Beijos, querida. :)
Que palavras talhadas a vento e tempo, linda! O mar só leva o que lhe pertence, o problema é pertencermos ao mar de vez em quando. Be au Ti ful. Beijos.
ps: QUe bom que Stellinha comentou de ti >D
Amante fiel das suas palavras. Agora mais rotineira.
Postar um comentário