quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lágrimas não são escuras


A solidão parece sempre nos soprar um segredo no íntimo: Não estamos sozinhos.
Estamos tão perto de ouvir uma voz no silêncio, algo que nos sussurre a nossa escolha pela a imortalidade. O coração secular diz como voltar a paz interna até nas tempestades que mais encharcam a nossa alma com uma substância pura: As lágrimas que ninguém vê.
Nossos olhos começam a nos compreender com gotas transparentes como cristais. Não, elas não são negras, nem possuem nenhuma cor vibrante como se não fossem sábias o suficiente para saber que você precisa de consolo. Elas por essência parecem nos acolher. As lágrimas confirmam no peito que alguém não só está secando a pureza cristalina como também está chorando com você.
Seus olhos ficam distantes. Sua mente parece escorrer lembranças curtas. Sua alma implora por calmaria imediata. Da sua boca só saem grunhidos afogados. E o seu peito? parece bombear toda a adrenalina desumana.
A infância chega aos nossos ombros e nos faz sentir o retorno da inocência na fraqueza dos nossos sentimentos particulares, tantas vezes puros e fortes.
Quem é essa menininha bancando a forte enquanto seus pés são tão pálidos que pode-se ver as veinhas azuis dando sinais claros de dependência?
Ele sabe. E não deixem-se enganar por sua aparente fraqueza. Esses pés possuem coragem entre os dedos e vão muito longe por perto de quem interessa: O Criador da sua essência livre.
Trocando passos com a solidão escutou no escuro a Liberdade que a lua a banhava e aquilo a bastou. Ali ela entendeu que Ele era como um Pai doce e sublime, que muitas vezes chorou com ela sem que pudesse o ouvir dizer: "Estou por perto, eu te compreendo. Eu te amo incondicionalmente, Paula."
Nada pode separa-lo dela.
Nunca.

1 comentários:

Anônimo disse...

A guria mais forte que eu conheço! :*

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