Nesse aspecto, permita-se a estar sendo melhor,
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Tantos em uma só
Nesse aspecto, permita-se a estar sendo melhor,
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Abrindo os olhos
Ouvidos não possuem pálpebras, você não pode escolher entre não ouvir o que se passa ao redor.
Os olhos possuem toldos que piscam sem parar, parecem nos lembrar que temos a opção de fechar os olhos fundos e esquecer das imagens que nos complementam.
Olhar não significa ver, e às vezes, para enxergar, é preciso um certo olhar difuso, vago, afim de entender.
Muitas vezes escutamos o questionamento:
"Não é injusto um bebê nascer deficiente?"
A resposta sonda a ponta da minha língua com velocidade.
Injusto é o nosso olhar. Injusto é a gente pensar que o corpo é alguma grande evolução. A deficiência está nos nossos olhos, não em quem tem algum tipo de diferença superficial.
Deveriamos nos questionar a respeito da alma, das ações, do quão pequenos somos. Não deveriamos nos revoltar contra os Céus e dizer o quão triste é alguém não ser "perfeito" no externo.
Pior do que essa frase é aquela:
"Não é injusto uns nascerem pobres e outros não?"
Óbvio que é injusto, mas quem criou esse ninho de injustiças?
Quem fez parecer que ter certas matérias é um tipo de marketing pessoal?
Quais seres parecem acordar cada vez mais individualistas e pobres de espírito?
Nós.
Como eu sonho com o dia que todos nós conseguiremos entender que o corpo não é absolutamente nada quando temos um espírito para evoluir.
Não em outras vidas, particularmente não acredito nas mesmas. Acho isso tudo uma grande fuga para não viverem o aqui e o agora e mais uma das manias de encontrarem respostas para o que não possui.
Um profundo mergulho no interno faria cada um de nós conseguir compreender que no simples estão as grandes respostas da humanidade.
A chave do mundo está em um Menino Deus que nasceu para nos ensinar a multiplicar alegrias e dividir tristezas. Sentir o outro, exercitar a imaginação em se perceber o mesmo ser humano ao observar olhos tristes e sorrisos abertos.
É nos seus olhos que eu quero encontrar a minha própria alma, não importa quem seja ou o que faça.
Tudo o que eu quero é amar cada pessoa que nascer entre essa nossa gaiola de loucos.
Se cada um de nós quiser o mesmo, não será apenas fantasia a idéia de um mundo gostoso de acordar.
Todo ano vem com a opção de um novo nascimento.
Que esse novo ano que se aproxima possa nos fazer nascer novamente. Espero que amar cada ser humano que entrar e não entrar em nossas vidas como se fossem nós mesmos, seja o grande objetivo da humanidade. Mesmo dentro de um Sistema porco e plástico, eu acredito que cada alma que aproximar seu coração do Criador, conseguirá melhorar e muito essa humanidade especial e ao mesmo tempo decadente.
Aproveitem os últimos dias de dois mil e nove, mais um ano que não volta mais.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Dezembro
Amanhã alguns asilos e orfanatos vão transmitir dor entre olhos sem luz.
Amanhã familiares distantes que só aparecem em velórios e casamentos chegarão na sua casa com sorrisos largos e frases prontas.
Ainda dá tempo de fazer este natal valer a data.
Ainda dá tempo de provocar um sorriso do Menino que é muito mais que um bebê do presépio da sua sala. O Menino cresceu para nos ensinar o Amor.
Ame.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Entre paredes
sábado, 28 de novembro de 2009
Lanterna
Não há átomo no cosmo que, ao pressentir a passagem obscura, não fique tomado de espanto pelo pensamento submerso no sereno lunar.
Mais um manto negro aterrisa entre bravas nuvens claras. Enche as mãos de brasas acesas, e
espalha-as sobre a cidade. Sobre os prédios viventes, alí está a minha ímpar curiosidade.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Voe Livre
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Entrelinhas
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor
Marcar sempre foi o seu principal objetivo na vida. Sempre levou um lema embrulhado nas suas artérias. Paula percorria as esquinas de cada rosto com vontade de rabiscar uma lembrança ao seu teor. Todo o delinear de existência a encantava. Existia um prazer secreto em observar milhares de pessoas tão diferentes todos os dias. Parece que ela gosta de tentar adivinhar as histórias por trás daqueles semblantes corriqueiros. Imagina seus nomes, lembranças, olhares sobre a vida, pratos favoritos, cor das cortinas do quarto, datas de aniversário, prazeres ocultos, últimas doenças, gosto musical, pensamentos sobre o que estão observando, dentre mais um ninho rico de detalhes e informações sobre rostos que ela nunca nem sonhou em ver. Essa tal mania de querer fazer parte, sempre foi vertiginosamente insistente e até mesmo corrosiva. Sua timidez sempre demonstrou-se como uma grande pintura negra sobre a tela alva, capaz de paralisar instantes entre seus pensamentos mais correntes. Ela parecia captar uma visão sobre o mundo que mais ninguém poderia ter. Num rapto intuitivo aprendeu um jeito de mudar vidas sem precisar ser notada com uma arte peculiar que mais parece o seu meio de sobreviver dentro de si mesma: Escrevendo.
Paula irá revelar agora mesmo uma das sua secretas manias.
A escrita fazia Paula molhar os dedos dentro da sua alma irreverente, absorver cada palavra solta e presa aos seus devaneios. Pulava em abismos de sensações inexprimíveis e deitava sobre um campo de margaridas com a calmaria do vento. Com tudo o que nela havia de silencioso e inefável, sentiu que poderia mudar rumos por alterar rotinas em cortes sucessivos de planos conceituais. Como quase todas as escolhas nos oferecem cinqüenta por cento de chance de dar certo, Paula arriscava a mutável experiência do cotidiano em provocar risadas e reflexões sublinhadas em semblantes aleatórios por troco de nada além do seu prazer de tentar mudar histórias. Paula escreve em papeis por toda parte, deixa em mesas de shoppings, janelas de ônibus, cadeiras de hospitais, porta-copos de cinema, caixas postais, carrinhos de supermercado e até mesmo em lixos, mensagens para quem ler, ler por conta própria e auto-risco. O teor de cada uma dessas folhas está na originalidade do recente. Divulga pensamentos íntimos a respeito da vida, e implora para que as pessoas vivam mais, vivam melhor.
Quem lê pensa: Essa garota certamente deve ser perturbada, no mínimo carente.
Mas na verdade, há quem diga que ela é uma grande sonhadora. Sonha em abrir mentes, quebrar cadeias e confortar corações de todos os tipos e origens. Quem sabe até um dia consiga ser uma grande psicóloga. Tá, nem precisa ser grande. Mas se for uma psicóloga capaz de melhorar uma única vida, já terá sido o suficiente para que leve dentro do seu peito um grande afago interno. Paula ama a mente humana como quem é capaz de dedicar toda a sua vida a entendê-la, mesmo sabendo que jamais seria capaz de decifrar tantos sentimentos particulares e cargas genéticas.
Paula fechou a porta do seu quarto, por um momento resolveu mudar a própria vida.
Às vezes pega atalhos, toma banhos frios, mergulha, come outros pratos só para saber como teria sido.
Se ela pudesse dar um só conselho para cada pessoa que conhece seria:
Ame as entrelinhas, porque são delas que se sente falta, porque, no fundo, são elas que nos fazem apaixonar pela vida, que nos fascinam sem que tenhamos consciência disso.
Entrelinhas estas que baseiam-se em apenas ser uma caricatura inesperada para uma criança desconhecida, um sorriso a um mendigo, uma flor a uma velhinha cansada, um chocolate no bolso de uma senhora irritada, um assunto diferente no elevador, um elogio espontâneo, um abraço verdadeiro, um bom dia cheio de impacto expressando a real vontade de que a pessoa tenha um dia coberto por momentos amáveis.
As Entrelinhas podem mudar destinos. O cafézinho do taxista, a manchinha de pasta de dente na blusa, o corte novo de cabelo, a coleira apertada do cãozinho, a mosca no vidro do carro, o relógio parado da cozinha e uma palavra que seja, podem salvar vidas e alterar uma ordem mundial.
Quando Paula sente que faz bem para alguém, não importa o que ocorra. Ela sempre está em paz dentro de si mesma. Nem a maior tempestade pode fazer com que seus sonhos escorram entre os dedos. Ela tem força, dedicação e o principal: O amor.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
O Hoje no calendário futuro
Sempre guardei datas como quem guarda jóias valiosas. Não me perguntem o motivo, não saberia responder. Mas arrisco em comentar que deve ser para não me perder na minha própria natureza amante das memórias detalhadas. Quando começo a pensar nos fatos ao meu redor, certos lampejos dos mais derivados sentimentos misturam-se ao ponto de me fazerem perder o silêncio. Quando paro absorta em uma tempestade de desmotivações, observo o que é molhado por ela. Ali vejo uma margaridinha crescendo no cantinho do asfalto, um gatinho solitário olhando para um homem como se o reconhece-se, a aeromoça cansada sentada em um banquinho colorido da cafeteria, com um olhar nervoso por respingos do toldo estarem caindo sobre o seu ombro direito, janelas de todos os tipos de vida passando uma energia singular, um adolescente preocupado com o cabelo, o mendigo sorrir enquanto o cachorro malhado deita em seu colo, uma cega com uma rosa branca de cetim no cabelo amarelado como o seu labrador, uma mãe apertando os passos por causa do bebê do carrinho azul marinho, a hipponga ruiva do bairro procurando a chave em sua grande bolsa verde cheia de chaveiros grandes e chamativos, crianças com vestidinhos adultos, carros coloridos correndo rápido para os seus destinos. Paro, reflito, sonho e confirmo as motivações espontâneas que tomei num grito. Consigo encontrar cor até nas mais cinzas das metrópoles agora que o dia chama-se liberdade. Como é gostoso olhar a vida ao redor e identificar-se com os mais derivados tipos de ações urbanas. Muitas vezes abafados pelo sentimento engasgado de sentir a dor do próprio umbigo, não sentimos facilidade de fixar os olhos nos fatos e lembranças sobre as emoções que nos fazem bem para diminuir o caos interno. Nenhuma porta é fechada enquanto não houver uma janela aberta. Devo dizer que pela primeira vez pude ter certeza dessa frase. Aprendi que não adianta procurar a janela apoiando os braços sobre a mesa com olhos marejados. É preciso explorar o ambiente com os olhos famintos por intensidade. Posso sentir o manto verde da esperança e a mordida vermelha da motivação entrarem pelas cortinas abertas do meu quarto de garota, com uma única diferença : A própria diferença. Não por uma questão de 'profundidade filosófica', mas a singularidade desse momento é totalmente indescritível. Mas esperem os dias virem enquanto as noites vão embora, talvez possam me ver 'Descrevendo o indescritível'.
A volta do prazer de não ter que buscar esconderijo ao lembrar do tempo que sorria melhor pelo simples fato de já estar sorrindo o sorriso mais aberto de todos os verões cariocas:
A realidade futura será melhor do que todos os meus sonhos e lembranças no que depender da minha gritante e inefável vontade de viver livre e presa por vontade.
Agora o meu céu anuncia um azul convidativo, o qual a tempestade já lavou enquanto pintava um arco-íris vivo para me fazer lembrar de que a vida é surpreendente quase sempre.
Os olhos mudavam de cor ao suspirar. A felicidade era explícita, os momentos não tinham fim. Ela se sentia frente à frente aos seus sonhos mais impossíveis. O tempo parecia pausar junto com a sua respiração. Por trás dos olhos castanhos existiam sentimentos que devoravam sua capacidade de expressão. Seus mistérios se dissolviam na escuridão dos seus maiores medos. Ele sabia como a manter feliz. Já se fazia muito tempo que não surgia um sorriso confiável em seus lábios. A suave coloração pela face não a permitia um esconderijo. E quer saber? Ela não queria mais se esconder. Ela queria que o tempo não existisse. Ela só quer viver sem pausas agora que O conhece... Quando o sol penetrava na sua pele pálida, conseguia sentir um instante de volúpia. Ela tinha outro dia dentro da sua eternidade interna. Andava livre, leve e solta. Sorria sem mais nem menos. Ela amava viver. Ela ama.
Agora ela tem um motivo. E que motivo.
domingo, 8 de novembro de 2009
Manhã carioca.
Ah, esses meus ponteiros...
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Um amigo chamado Henrique
Lágrimas não são escuras
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Acorda, Alice!
O lápis escorre, a respiração começa a pousar profunda pelo travesseiro.
Ela resolve fechar as pálpebras em silêncio, após a sua oração de agradecimento pelo sol que abre-se todo dia pela janela após as noites tão escuras, porém estreladas do Rio de Janeiro.
Paula adora agradecer a Deus por ter a criado, ela nem precisava existir. Nossa, como o mundo é gigante. Quantas milhões de pessoas poderiam muito bem ocupar o espaço dela no mundo. O que é um grão de areia quando se tem a praia inteira?
Mas não, Ele a escolheu. Isso sempre fez Paula suspirar emocionada. É raro para ela sentir-se tão especial, e quem a soprava no ouvido todas as vezes que ela via o sol, era Ele. O Criador do universo. Quando seus sonhos a tiravam para dançar, ela sentia-se como quem desaparece por horas. No início dos sonhos observa atenta e inofensiva a realidade transformando-se em memórias borradas, fotos fora de foco e lugares longínquos. Mais uma coleção de cicatrizes e tatuagens artísticas e elaboradas o seu inconsciente pinta sobre a tela, revelando-a entre recortes coloridos, cheios de significados fortes o seu complexo psíquico, o qual parece conseguir leva-la para longe do mundo, a entregando espiritual em uma cena de esfera latente, praticamente insondável, misteriosa, obscura de onde brotariam as lembranças minimalistas, o medo, os sinais, a criatividade, a vida e a morte. Paula adora acordar e escrever tudo o que lembra dos seus sonhos. Dessa forma ela sente-se como quem está mais próxima do que está sentindo. Paula tem medo para onde irão as suas tralhas, os seus cristais, as suas lembranças. A simples idéia de que tudo que ela passou irá ficar para trás em um país distante, perdido nos confins de uma memória incerta, sujeito ao esquecimento a fazia pensar sobre o quão breve era o seu sorriso entre as manhãs terrestres. Será que vocês lembrariam dela? O que será que pensaria quando o relógio continuasse sem ela?
Todas as novelas começando a renovar durante os anos, os filmes que certamente ela adoraria ter tido a chance de ver entrando e saindo dos cinemas, as árvores rotineiras do natal dentro dos shoppings que ela frequentava, as novas músicas, All Stars com modelos chamativos nas vitrines, livros dos seus escritores favoritos nas Bienais, as tragédias mundiais acontecendo sem a sua voz, sem o seu olhar dentre milhares de coisas que provocam reações diversas em seu rosto que a terra apagaria. Será que alguém prestaria atenção nisso na mesma proporção do quanto a vida perto das poucas pessoas que ama lhe faria falta?
Paula sabe muito bem que nunca será um ser humano exemplar, mas uma amiga exemplar ela sempre tentou ser. Ela é como a mão de uma mãe para um filho que precisa atravessar a rua.
Ela não solta enquanto ele precisar dela. Paula gosta de lembrar sempre que pode de que é confiável. É gostoso porque para ela isso sempre foi raro, ela sempre decepcionava-se com a confiança que por culpa dela, depositava nas pessoas que pareciam acolhedoras. Era bom sentir-se pura sobre uma coisa na vida, sentir-se como uma boa pessoa quando o tema é ser leal aos seus. O tempo nos ocupa tanto que a gente esquece que a vida é breve e assustadora quando quer acabar com as nossas horas restantes. Ainda dá tempo para amar cada ser humano que ainda não se foi, de ser confiável e de confiar, ainda dá tempo de não ter que dizer: "Poxa, eu deixei de dizer tantas coisas..."
Com o tempo Paula aprendeu a não depositar no outro o papel de cobrir os seus abismos, seus vazios existências ecoantes. Mas com o tempo Paula aprendeu que o casulo é necessário. Ela não saberia ser uma lagarta sem graça, com aquele aspecto de verme por toda a vida. O casulo a fez sentir dor, debater-se, debater-se e debater-se para tentar sair dali. Até que percebeu que quem faz isso é o tempo, a natureza. A vida de casulo é necessária para que tenhamos uma vida de borboleta. E isso acontece em qualquer tempo, com qualquer idade: um mês de gestação, sete meses de gestação, dois anos de vida, quinze anos de vida, trinta e três anos de vida, setenta anos de vida... alguns de nós nunca consegue atingir a vida de borboleta.
Paula aprendeu a sonhar, a voltar a sorrir depois de uma tempestade agressiva. Alguma coisa chamada Liberdade a fazia sorrir como sorria quando criança. Ela já não precisava pensar na clássica fala dos filmes americanos: "Maybe I'll find home away from home,Will I ever know?"
Ela já tinha o caminho de casa, já sabia onde ele era. Como chamava-se.
Ele a levou para Casa.
Como ela pode crescer?
Preciso dividir algo muito bizarro.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Bagagem
Tudo começa dentro de um silêncio uterino.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
l Coríntios 13
1
¶ Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
2
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
3
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
4
¶ O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
5
não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
6
não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
7
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8
¶ O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;
9
porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.
10
Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.
11
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
12
Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
13
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
Ela acreditava no amor, e porque acreditava, ele existia.
O que ela não sabia era que Aquele que pintou o céu de azul estava tão próximo quanto os seus pensamentos. Quando Paula abriu os olhos, notou os detalhes tão próximos ao seu rosto que mal sabia respirar sem dar sinal de felicidade entre as suas bochechas. Ela queria respirar como nunca quis antes, apenas pelo fato de saber que agora Ele estava com ela. Pronto para mostrar que a vida poderia ser maravilhosa se ela conseguisse acreditar na força que tem dentro de si. Um par de asas imaginárias ele pintou entre suas fragilidades. Ela poderia ir para onde quisesse ao fechar suas pálpebras, ela aprendeu a voar. O Criador havia soprado em seu ouvido um segredo amigo e único. Ele nunca a abandonaria.
E agora?
Nem ela.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Asas de algodão
Palavras desconexas hermeticamente guardadas insistem em sair. Vontade. Fome. Abraço. Outro. Lá fora. Duelo. Tempestade. Azul. Calmaria. Gargalhadas. Intensidade. Busca. Distância.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Respiração
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Um copo cheio de mágoas.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Desabafo
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Dentro do meu quarto
Quando sinto dor, ela olha bem na menina dos meus olhos castanhos. Algumas palavras funcionam como gatilhos, a boca insulta o que meu pensamento não consegue pulsar. Fujo dentro da minha própria escuridão e alí me atiro buscando um pouco de paz. Traumas novamente chegam ao vermelho das artérias. Eu não sei para onde ir, sei que aqui dentro não posso mais ficar. Mas lá fora parece tão perigoso de se estar. Viajo na memória para me distrair, como quem conta a história de quem nunca existiu. Passo tempo longe do relógio e do fim. Queria voar até o começo de mim. Entender como é bom nunca ter que crescer. Eu não sei mais para onde me guiar. Sinto a criança da minha alma me consolar. Os dias parecem fáceis de passar, mas aqui dentro nunca terminaram. Sinto-me sozinha há tantos anos, mesmo cercada de sorrisos que dizem me adorar. Tudo o que eu queria agora era ser compreendida.
domingo, 30 de agosto de 2009
O mundo além de mim.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Sobre meu velho vício de sonhar.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Os dias estão passando
Toque a sua pele, sinta que você é real.
Por que a temperatura do vento?
Por que o cheiro das flores?
Por que o céu azul?
Por que o sabor das frutas?
Por que a cor dos pássaros?
Por que o barulho do mar?
Por que o brilho nos olhos dos cachorros?
Por que o nado bonitinhos dos peixes?
Porque os bebês formam-se dentro de ventres?
Porque o barulho do coração?